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(PDF) Invertebrados, 3rd - ResearchGate[^2^]



A progressiva intolerância ao uso de animais como recurso didático conduziu à substituição de demonstrações invasivas, sendo questionada no ensino da zoologia, constituinte da formação de professores de ciências e biologia. Tendo como hipótese a incipiência da temática no meio científico e diferenças no cenário nacional e internacional, objetivou-se mapear a concepção do uso de métodos alternativos no contexto acadêmico e pedagógico. A análise quanti e qualitativa de 600 conteúdos atestou, no panorama internacional, a substituição animal relacionada principalmente à pesquisa biomédica. Nacionalmente, destacou-se no ensino, prioritariamente, alternativas ao uso de cães em aulas de técnica cirúrgica para o curso de Medicina Veterinária, sendo ainda escasso nos cursos de zoologia. Concomitantemente, a análise de 289 planos de aula de Zoologia evidenciou que as alternativas estão incorporadas, sendo mais pronunciadas para animais invertebrados, subsidiando a almejada transposição do pensamento tecnicista e utilitário de professores, alunos e sociedade.




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Cadáveres de animais são tradicionalmente utilizados em aulas de zoologia, apoiados por educadores que alegam ser impossível desenvolver habilidades necessárias para o exercício profissional do biólogo e do professor de biologia sem contato prévio com o material biológico (FISCHER; FURLAN, 2018). No entanto, para suprir essa demanda se faz necessário coletar espécimes com frequência, uma vez que as dificuldades encontradas para a manutenção de acervos didáticos com manipulação constante requisita reposições de material, principalmente de invertebrados (FISCHER; FURLAN, 2018, MOURA-LEITE; FISCHER, 2018). A retirada dos animais do seu habitat e o possível impacto ecológico gerado por essa atividade, soma-se ao sofrimento causado pelos métodos de coleta, transporte e eutanásia, geralmente realizados de maneira inadequada (FISCHER, 2017; MOURA-LEIRA; FISCHER, 2018).


A principal forma de avaliação associada com métodos tradicionais, como provas e trabalhos, remete ao uso de tais recursos educacionais conservadores (DEMO, 2002), os quais contribuem para reforçar a legitimidade do uso de animais. Segundo Demo (2002), o processo tradicional de avaliação da aprendizagem desconsidera importantes aspectos da progressão estudantil e, assim como a implementação dos métodos alternativos ao uso de animais como recursos didáticos, demanda a implementação de pedagogias inovadoras como o ensino por competências (ABRANTES, 2001) e o uso de metodologia ativas (MITRE et al., 2008). O uso coadjuvante de métodos alternativos e metodologias ativas, como forma de promover um debate coeso a respeito da utilização animal, irá formar e capacitar profissionais autônomos, alcançando dimensões afetivas e intelectuais de forma duradoura (FISCHER; FURLAN, 2018). Para Almeida e Valente (2012), o tradicionalismo educacional fez sentido na época em que a busca de informações era limitada, entretanto, com o advento da internet, os recursos educacionais e técnicas tradicionais podem ser substituídas. A tecnologia se constitui da integração espaço/tempo, na qual, segundo Moran (2015), o ato de ensinar e aprender estão interligados e não reclusos mais a espaços isolados, assim como sua dinamicidade exige atuação em múltiplos espaços do cotidiano e no papel do educador no equilíbrio de interagir tecnologias móveis com o aprendizado. Essa concepção corrobora o recorte da pesquisa, apontando a necessidade de renovação nos meios avaliados. Os ajustes disruptivos, para Moran (2015), são necessários para que o aluno se torne menos passional e mais ativo, tornando o professor um orientador e não um transmissor de conteúdo. Segundo Fischer e Furlan (2018), é possível associar metodologias ativas e aplicação do princípio dos 3R nas aulas de zoologia de invertebrados, principalmente vinculados ao uso eficaz de recursos didáticos envolvidos nos meios digitais.


Embora os professores aleguem a necessidade inquestionável do uso de animais para o ensino da zoologia e a impossibilidade de substituição, realizam a substituição quando não tem os animais a sua disposição. A análise dos planos de aulas atestou que a substituição é corriqueira, principalmente, para invertebrados, cuja ampla diversidade e dificuldade de manutenção inviabiliza a disponibilidade de todos os grados.


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